"Space... the final
frontier", palavras proféticas de um
sonhador inveterado chamado Gene Roddenberry. Sem
dúvida umas das mais inspiradas de sempre
sobre o futuro do Homem como o conhecemos. Esse
futuro meus caros, está nas estrelas, como esse
e outros sonhadores o previram há já muito
tempo. Todos o sabem mas só a muito custo
alguém o reconhece, infelizmente. Eis a minha
pequena e modesta contribuição para o sonho,
talvez faça sonhar mais alguém e então
dar-me-ei por satisfeito nesta minha cruzada
pessoal.
Este episódio é um dos
pequenos retratos que tento fazer a uma
Humanidade já lançada à tempos em direcção
ao magnifico manto negro. Uma realidade. Uma
hipótese de existência:
Com a Terra violada nos
seus recursos até ao limite, o Homem vê-se
obrigado a explorar o espaço exterior na
tentativa de sobrevivência. E tudo se resume a
isso: sobrevivência. O Homo Sapiens
continua a fazer (sempre o fará) os seus erros,
das mais variadíssimas maneiras e feitios;
ignorância, egoísmo, ganância...
Várias colónias
florescem e se desenvolvem, atritos surgem. A
mesma história de sempre.
Zeco Mola, um espécime
sobrevivente fora do comum, fura o seu destino
lutando, ao que parece ao mais vulgar dos
mortais, o impossível. Mercenário por opção
de vida, nasceu na já imunda Terra e teve uma
infância difícil numa base hortícola na Lua.
Seus pais morrem de forma dúbia ainda ele não
acabara o liceu lunar. Entretanto, incapaz de
enfrentar a solidão e a (In)Segurança Social em
tão tenra idade, foge num veículo de carga para
a Terra, onde desenvolve com naturalidade a sua
capacidade singular de sobreviver por entre a
escumalha do submundo. Seus serviços começaram
a ser requeridos por círculos mais abastados, e
a reputação foi-se acumulando, tornando-se em
várias esferas uma verdadeira lenda.
Meus senhores, eis o
momento em que Zeco, "o agricultor"
como o próprio se gosta de proclamar, se lança
numa encruzilhada com consequências ao nível
mais imprevisível. Um rumo, um destino,
decisões a seguir num futuro possivelmente muito
real...
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