Procuro, regra geral, orientar as
histórias que imagino de modo a abordar
questões importantes, para fazer o leitor (bem,
as poucas pessoas que as leram) meditar sobre
algo. A leitura (ou qualquer outro meio de
entretenimento) não deve ser apenas um modo de
passar o tempo, pode ser o instrumento perfeito
para nos enriquecermos. Mas faltaria à verdade
se não dissesse que me deu um gozo particular
escrever este conto de pura acção
(especialmente para a publicação na Internet).
Mesmo assim não deixa de haver uma moral: todas
as criaturas sobrenaturais do nosso folclore
europeu têm explicações mais realistas do que
o paranormal.
Embora prefira
explicações mais científicas, como a
imaginação popular e o efeito de distorção
que ocorre com a transmissão oral das histórias
sobre doenças incomuns (como a porfíria, que
provoca uma extrema reacção alérgica à luz do
Sol e a licantropia psicológica, que leva a
comportamentos lupinos) que possivelmente estão
na origem dos mitos sobre vampiros e lobisomens,
deixo em aberto a hipótese de, a existirem tais
criaturas, pertencerem a outra espécie que não
o Homo Sapiens, podem ser mutações,
pertencer a ramos evolucionários completamente
diferentes daquele que nos deu origem, ou mesmo
de outro planeta.
Espero que este
comentário ajude a dormir aqueles que ficaram
demasiado impressionados com o conto: só têm
motivos para se preocupar quando um brilho azul
surgir na Serra da Estrela, fruto de uma
singularidade espácio-temporal até lá
durmam descansados. Mitos não fazem mal a
ninguém. Agradeceria que todos aqueles que achem
que vale a pena perderem uns segundos de tempo on-line
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