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eventos 1.05 (28/05/99)
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                        E V E N T O S

             Boletim informativo da SIMETRIA FC&F
- Associacao Portuguesa de Ficcao Cientifica e Fantastico -

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Nº 1.05                                                28/05/99
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Coordenacao: Luis Filipe Silva
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CONTEUDO:

      EDITORIAL

      CRITICA: To Hold Infinity, de John Meaney

      FICCAO: O Lugar da Juncao - parte 1
            (o primeiro romance de tecnofantasia portugues,
             por um estreante no genero)


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NOTA: Os Links referentes a entidades, pessoas ou eventos men-
      cionados nos artigos encontram-se listados no final do 
      boletim.
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                         --oOo--
      

EDITORIAL

Apontando para uma periodicidade semanal, EVENTOS 
apresenta uma critica sobre um livro recente, e a primeira parte
(das muitas se lhe seguirao!) do que estamos a chamar de
o primeiro romance de tecnofantasia em portugues. Fiquem
sintonizados...


                         --oOo--

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|  Existe uma Ficcao Cientifica em Portugues!                 |
|                                                             |
|  Conheca os autores, nacionais e internacionais.            |
|  Conheca as obras, as actividades e os objectivos da        |
|     Associacao que tem por fim juntar os entusiastas da     |
|     literatura do futuro.                                   |
|                                                             |
|  Venha tomar um cafe connosco. Pavilhao do Dramatico de     |
|  Cascais. Telef. (01) 482 45 22                             |
|                                                             |
|  SIMETRIA FC & F - A unica associacao que torna o futuro    |
|                                                 presente    |
|  https://simetria.org                               |
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ARTIGO

                                  John Meaney
                                  «To Hold Infinity»
                                  Bantam Books, Londres, £5,99
                                  ISBN 0-553-50588-2

«To Hold Infinity», o primeiro romance do britanico John Meaney, 
e', a varios niveis, um livro que traz surpresas, confirmacoes, e formas 
ineditas de abordar o genero da FC.

1.
Comecando pelo fim. A forma inedita como me chegou este livro 'as maos 
nao e', bem vistas as coisas, realmente ine'dita: vinha dentro de um
pacote, 
entregue pelo carteiro 'a porta da minha casa; como qualquer objecto que 
seja transportado por essa imensa rede internacional de distribuicao 
personalizada, precisou, na origem, de alguem que fizesse o embrulho, 
escrevesse a morada e o fosse entregar para despacho. Ou seja: precisou 
de maos humanas. Tais como outras maos humanas o foram transportando 
ao longo dos quilometros que nos separavam. Como foram outras maos, se 
quisermos chegar a esse nivel de detalhe, que possibilitaram a viagem 
daquelas palavras desde a mente do autor ate' aos meus olhos.

Mas a interaccao humana terminou ai. Porque o livro esteve, fisicamente, 
em minha casa antes de o ver. Esteve no meu computador, como imagem e 
como texto, em parte, na forma de excertos e criticas; e foi atraves 
do meu computador que todo aquele processo humano de embalagem e
distribuicao 
teve inicio, pela accao singela, quase inocua, de clicar o botao do rato 
sobre um icone designado «encomenda».

Tanta verborreia para falar da internet? Nao devia antes estar a
discutir 
se e' seguro efectuar compras atraves do meio, pois e' pressuposto que
se 
indique o número do cartao electronico de credito? Nao devia antes estar 
preocupado com indicadores economicos, e a abertura das fronteiras ao 
comercio, pois de repente os concorrentes mais distantes tornaram-se 
ainda mais atentos e perigosos que a loja do lado?

Esta forma de pensamento e' o melhor indicador de como o progresso tomou 
conta da nossa mentalidade: ja nada nos surpreende. O advento da 
tecnologia tornou-se banal. E' como se estive'ssemos somente a aguardar 
que as descobertas nascam, como se vissemos as maes ja' gravidas, como 
se o proprio processo de aguardar por uma melhoria retirasse todo o 
impacto que a mesma vinha causar.

Pessoalmente falando, nada mais ha' que me surpreenda a nivel da 
informatica. As linguagens mostram-se cada vez mais avancadas, 
independentes do hardware que as sustentam e do proprio raciocinio 
humano - ao mesmo tempo, sao construidas interfaces, extremamente 
simples mas espertas, para suavizar o processo de acostumizacao dos 
nao-programadores: a tendencia exponencial do metodo user-friendly. 
'A cara renovada, juntou-se a potencia: tenho, no meu portatil, mais 
capacidade de computacao do que tinha no meu 386 de ha seis anos! 
Tenho tambem, ao meu dispor, e pelo preco de uma chamada local, 
mais informacao (e mais actualizada) do que a constante na biblioteca 
do meu concelho. Tambem posso colocar ao dispor de outros os meus 
proprios conhecimentos, atraves do e-mail e da criacao de uma 
homepage propria.

E e' tao natural! Tao inevitavel! As pecas do conjunto estao oleadas 
e em perfeita sintonia: as empresas lideres do mercado sao forcadas 
a inovar para se manterem 'a superficie; esses desenvolvimentos por 
vezes devem-se a pressoes comerciais, por vezes a pressoes politicas 
e militares, mas, quando divulgadas, sao imediatamente absorvidas pelo 
mercado gracas 'a rapidez de difusao que se consegue pela televisao -
mais do que por qualquer outro meio, com a possivel excepcao do cinema. 
As multinacionais e a legislacao comercial ajudam na sua disseminacao 
pelo globo (ou melhor, pelo Ocidente). Por fim, uma rede internacional 
de pagamentos permite a transferencia de fundos de forma simples e 
directa. A distância deixou de ser um problema. E, gracas ao volume 
de vendas que uma empresa global consegue atingir, o custo tambem ja' 
nao e' impedimento. 

E entao, porque nao aproveitar a oferta que a Amazon.com, para falar 
da livraria virtual mais conhecida, me fez, pessoalmente e sem custos 
adicionais: ter, 'a distância de um clique no meu computador, qualquer 
livro 'a minha escolha, sobre qualquer assunto, seja raro, seja 
best-seller, limitado apenas (?) 'a oferta existente no mercado
americano?
Vejam: milhares de titulos de FC que nunca chegaram ou chegarao sequer 
'as livrarias portuguesas; a possibilidade de ajuizar uma compra com 
base em múltiplas criticas e resumos; a facilidade de pesquisa de 
temas esotericos e de titulos de que nunca ouvi falar, para as minhas 
investigacoes; e a facilidade tao grande de encomendar, sem problemas 
de Maior, em poucos segundos - fazendo no entanto um apertado controlo 
ao extracto do cartao, nao vao ter razao as cassiopeias da internet.

E o que esta disponivel para mim esta para si, leitor. O segredo nao 
pertence mais aos membros da elite. Nao precisa de depender do interesse 
dos livreiros, nem de se preocupar com sistemas de encomendas demorados 
nem sequer e' obrigado a cingir-se 'a bibliografia dos nobelissimos. 
Todos os livros de que precisa estao 'a sua disposicao.

Eis que posso, finalmente, comecar a discutir o livro que aqui me 
trouxe, tendo a certeza de que nao esta reservado apenas para aqueles 
com as possibilidades e os contactos para o obter.

2.
Confirmacao. To Hold Infinity e' um romance ciberpunk, o primeiro de 
John Meaney, ocasional colaborador da revista Interzone. e' um livro 
espesso (acima de 500 paginas), mas nao denso. Espantosamente pouco 
denso e muito fluido.

O enredo consiste num thriller classico. Um jovem promissor abandona 
a casa dos pais para fazer fortuna num planeta distante. Anos volvidos, 
o pai morre, e a mae, em estado de depressao, procura encontrar pela 
última vez este filho, pois tenciona suicidar-se. Viaja para esse 
planeta, uma terra cheia de riquezas e encantos culturais, apenas para 
descobrir que o filho desapareceu, que tera presumivelmente assassinado 
alguns dos seus parceiros de negocios, e que tinha por apoiante um certo 
Raphael de la Vega, membro da nova elite. Raphael, contudo, esconde um 
terrivel segredo: o de que e' um assassino psicopata, que, de morte em 
morte, vai ocupando o verdadeiro centro do romance.

Chamemos Manhattan 'a terra estranha. Imaginemos que a familia era 
originaria do Japao, ou mesmo de uma viloria no interior dos EUA. 
Imaginemos que Raphael e' um mega-milionario detentor de penthouses no 
Upper East Side, e que se encontrava a ajudar o pobre rapaz do campo, 
uma vez que este mostrara ser um as nos computadores e na decifracao 
de passwords inviolaveis.

O enredo vulgar de um thriller de aeroporto, daqueles que se compram 
para passar o tempo, matar o tedio ou entorpecer o nervosismo de mais 
uma viagem pelos ares.

Vistamo-lo com os adornos da FC. A terra e', afinal, Fulgor, um planeta 
distante, semi-terraformado, e o meio de transporte, uma viagem pelo 
espaco-mu. Este tipo de viagem cria uma casta de Pilotos, seres aparte 
da humanidade, os únicos capazes de enfrentar o rigor da nova 
geometria. O filho prodigo nao decifra passwords, mas elabora tecnologia 
capaz de penetrar no Skein, a teia informatica que une os cidadaos e as 
transaccoes financeiras do planeta. Raphael e', de facto, um psicopata 
assassino, mas tambem e' um luculentus, um ser humano cujo cerebro foi 
ligado a um bio-mecanismo capaz, nao so de potenciar a inteligência, 
como de liga-lo directamente 'a realidade virtual do Skein. E, ao matar 
as vitimas, Raphael aproveita a ligacao simbiotica para lhes sugar a 
personalidade, as memorias e o pensamento.

Sim, parece o cruzamento de Carrion Confort, e dos vampiros da alma 
de Dan Simmons, com a versao sem-fios de Neuromante, juntando uma 
pitada de Dune. E tudo isto sem a destreza estilistica de qualquer 
elemento deste trio.

Neste aspecto, To Hold Infinity confirma a tradicao noir-detectivesca 
do ciberpunk. Gibson nunca foi capaz de ser afastar por completo da 
tendência que inaugurara, e o seu virtuosismo foi tao grande e 
ofuscante que nem as prosas lapidares de Sterling, desbravando 
novos caminhos para o ciberpunk, nem as revoltas estilisticas de 
Shirley e de Rucker conseguiram alterar o tom mordaz, Chandleresco 
do sub-genero. O ciberpunk pertenceria 'a rua, aos detectives privados, 
ao homem sozinho na multidao que, sem ter moral nem causas, vai ajudando 
a fazer o que e' correcto. A literatura dos marginais com personalidade. 
Ou vista de outra perspectiva: dos intelectuais com aspiracao a
lutadores 
de boxe.

O sub-ge'nero morreu, fertilizou o solo e os bolsos de muita gente, e 
dele cresceu um rebento mais maduro, idoso e sabio. Haveria inforedes, 
mas de natureza global e com o objectivo de trabalhar, nao apenas para 
divertimento; penetrar nelas nao seria tao facil, pois estariam
protegidas 
por fortes sistemas de codificacao. Os implantes seriam de natureza
medica, 
nao estetica, e com o proposito de atingir a imortalidade ou a juventude 
prolongada. Ah, e a nanotecnologia ja teria sido descoberta,
conquistada, 
absorvida, e usada para resolver os pequenos problemas da vida
domestica. 
Tal maturidade possibilitou que Greg Egan surgisse do nada e comecasse a 
desenvolver maravilhosas teses de filosofia sobre a razao da existencia, 
fascinantes para o interessado mas possivelmente entediantes para os que 
procuram um enredo apimentado. Greg Egan e', talvez 'a sua maneira, o
que 
Lem foi durante muitos anos: um contraponto, no seu caso, australiano, 
no caso do último, centro-europeu, 'a verborreia anglo-saxonica que, 
gracas ao pso dos números, la vai conduzindo, aos tropecoes, a evolucao 
da ficcao cientifica mundial.

O que o livro de John Meaney veio confirmar e' que o ciberpunk morreu.
E' 
um livro fascinante, brilhantemente executado, mas nao traz nada de
novo. 
E' realmente tudo velho, mesmo em termos do proprio genero. O autor
ainda 
tenta inovar, mudando o conceito de hiperespaco para espaco-mu (mu e'
uma 
das particulas fundamentais da materia), de internet para Skein, de 
nanotecnologia para femtocitos. A sua unica contribuicao positiva acaba 
por ser a postulacao de que todos aqueles implantes neuronais
pertenceriam 
'a classe dominante do planeta, e nao aos marginais da rua.

Um amigo meu, poeta e filho de escritores, confessou-me um dia a razao 
por que nunca viria a escrever ficcao cientifica. «Porque nao acrescenta 
nada ao que quero dizer.»

Sabem, sempre me perguntei se nao teria absoluta razao.

3.
Surpresas. E, afinal, e' ficcao cientifica, e de alto calibre. Inovador, 
nervoso, vai, aos poucos, revelando um mundo que nao existe; 'a medida
que 
penetramos no livro, a nossa ansiedade cresce, qual noivo hindu ante o 
desvendar do rosto da mulher que acabou de desposar. O ecossistema
ciberpunk 
esta vivo. Encontramo-nos na finalissima do segundo milenio cristao.
Esta 
e' a resposta dos nossos artistas. Estas sao as nossas preocupacoes, a 
eminência do futuro. O familiar continua a ser desconhecido.

A recomendacao final e' de que o leiam. O autor promete. E este livro
e', 
afinal, o primeiro passo da sua caminhada.


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FICCAO

                     O Lugar da Juncao
             = um romance de tecnofantasia (1)=


                                           Daniel Dias Tavares


*** Capitulo I - Motores de Pesquisa Cosmicos

E' feita de diamante e brilha como mil sois enclausurados num 
diadema de cristal com trezentos quilometros de extensao. A luz 
demora um microssegundo a atravessa-la, mas porque tem de ser 
lida e interpretada, a eficiencia do sistema nao desce abaixo
dos quinze segundos, o tempo combinado de processador e mente
humana para entender a mensagem. O universo so' se transforma ante
a compreensao.

Avancando para uma perspectiva do passado. O diadema de cristal
era uma fileira de zeros e uns que afectavam zonas invisiveis de
uma placa feita de areia e vidro compactados, cuja ordem dependia
do nivel de ordem anteriormente recebida, indo produzir um novo 
tipo de ordem e diminuir assim a entropia local do universo.
Retrocedendo a escala, constituia os atomos de informacao daquilo
que seria encarado como um portal para um mundo novo, e que corria
em AutoCAD, um nome que por si so' nao diz nada e diz tudo.

Artur Rimbaud, o director do projecto, sentava-se 'a mesa, a olhar
atentamente o modelo, com o queixo apoiado nas maos. A seu lado, 
sobre a mesa e perto do bloco de desenho, uma caneca de cafe' 
fumegava, aumentando a entropia.

- Estou a tentar decidir - lancou para o ar, pronunciando lentamente
as palavras - se hei-de adicionar o modulo de simulacao ou nao.

- Quanto custa? - perguntou a voz atras de si, vinda do alto da
sala, do nivel executivo,

- Far-nos-a' ultrapassar o orcamento por uma margem de dez porcento.

A voz assobiou.

- E e' indispensavel?

- Nada que nao possa ser feito melhor e de forma mais barata na Terra.

- Bem, ainda restam duvidas?

- A logica e' termos um dispositivo de seguranca se as comunicacoes
ficarem cortadas. Redundancias de uma funcao principal.

- A simulacao e' uma funcao principal?

- Nao e' uma simulacao qualquer... - e Artur nao indicou mais nada. A
voz
vinda do alto suspirou.

- Os financeiros vao acabar contigo. So' largam os cordoes 'a bolsa
quando vem uma ordem de cima. E desta vez nao vira'.

- Porque dizes isso?

- Ora, a seguranca so' se torna num motivo de forca Maior depois de 
acontecer um desastre escandaloso, meu caro poeta. Antes disso, ninguem
cumpre alem dos requisitos-base... e por vezes nem esses sequer! A 
melhor forma de te lixares numa missao como esta e' gastares mais do
que devias. Porque, se nao acontecer nada, vais ter de prestar contas.

- O nosso sistema economico devia levar uma injeccao de moralidade. De
qualquer forma, o orcamento vai ser ultrapassado.

- E como vais conseguir esse milagre?

Artur parou de trabalhar e virou-se para tras, sorrindo.

- Vou por os pes contra a parede.

Joao Osorio, o puto das relacoes publicas e chefe do departamento, 
assentiu como se ja tivesse adivinhado.

- E nao ha nada que recusem ao rapaz que sonha com os homenzinhos
verdes...

- Pois... - a expressao resultante foi amarga, o que surpreendeu Joao. 
Para este, estar na pele de Rimbaud era o sonho de uma vida, o culminar
de
uma carreira. Nao conseguia imaginar ninguem que tivesse conseguido 
despertar com tanta facilidade as ilusoes de uma geracao.

- Arriscares tanto por tao pouco e' a atitude tipica de um engenheiro.
Nao passa de um detalhe numa arquitectura monstruosa.

- Ora, Joao, na vida real, sao os detalhes em falta que nos lixam!

                                                          (continua...)


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|  No proximo numero........................................  |
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|         Descubra a primeira novela de tecnofantasia em      |
|         portugues, a ser apresentada em capitulos num       |
|         rigoroso exclusivo de                               |
|                                                             |
|               E V E N T O S - o futuro por e-mail           |
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(c) 1999 Luis Filipe Silva/SIMETRIA FC&F
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